A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

sábado, 30 de maio de 2009

"Leite" de linhaça


Apresenta grande quantidade de ácidos graxos Ômega 3. Facilita o trabalho do intestino, age como laxante.

Deixar as sementes de molho por 12 horas.
Bater no liquidificador 10 CS de sementes para 4 copos de água.
Coe 2 ou 3 vezes.

A linhaça forma uma mucilagem (“gosma”) que difere dos outros preparados e é nesse gel que estão todas as suas propriedades.
Quando for retirá-las do molho, enxague várias vezes - você vai perceber que mesmo enxaguando, a "gosma" permanece, mas as toxinas já terão ido embora nas lavagens repetidas.

Para maiores detalhes, leia também: O consumo adequado da linhaça

"Leite" de arroz


DE ARROZ INTEGRAL

Fonte de proteína, vitamina B 1 e niacina

RECEITA Nº 1:

Duas CS de arroz por pessoa (a metade para crianças).
Lave os grãos e deixe de molho por 12 horas.
Lave bem e enxague.
Acrescente o dobro de água e cozinhe em temperatura amena, que dê para colocar a mão.
Desligue o fogo e deixe o arroz abafado por meia hora.
Bata no liquidificador e coe.

RECEITA Nº 2:

1 xícara de arroz cru lavado
2 xícaras de água
Deixar de molho por 4 horas; enxaguar, adicionar água e bater por 2 minutos no liquidificador.

O arroz branco não serve para fazer PVL, pois é polido e perdeu sua energia, enfim, a VIDA - contém amido e dizem, muito talco, que o deixa bem branquinho...

"Leite" de sementes de girassol



Deixe germinar por 8 horas na água e 8 horas no ar.
Retire as cascas antes de bater no liquidificador com água.
Combina bem misturado com o "leite" de aveia.

Fonte de vitamina E e complexo B.



O que é "leite vegetal" ou PVL?


A definição clássica de leite:
líquido gerado nas glândulas mamárias das fêmeas mamíferas, destinado à alimentação de seus filhotes.


Um dos motivos para os detratores dos “leites vegetais” os criticarem: "LEITE VEGETAL NÃO É LEITE...”

A idústria da soja popularizou esse termo, lançando no mercado o “leite de soja”, o que deve ter incomodado bastante a indústria láctea.

Enquanto ambas discutem qual dos “leites” é mais indicado para a saúde dos humanos, há muito tempo optei pelas bebidas feitas com outras sementes, grãos e castanhas, que oferecem proteínas e vários nutrientes, tendo inclusive sido o único tipo de "leite" que ofereci à minha filha caçula, hoje com 9 anos.

Decidi chamá-los, no momento, de uma forma que julgo mais acertada e para desfazer a ligação com os leites animais de Proteína Vegetal Líquida ou Proteína Veg Líquida - por isso, a sigla do título - PVL.

Encontrei uma opção de "leite não-animal" para crianças com a leitura do livro Mamãe, eu quero, da Sonia Hirsch, edição de 1984. Nessa obra, ela indica uma receita, seguindo a tradição macrobiótica, de ferver muitas horas os ingredientes.

Eis a receita:

LEITE DE GRÃOS


4 CS de arroz integral
2 CS de arroz moti ou aveia em grão
1/2 CS de trigo ou cevada
1/2 CS de feijão azuki ou lentilha
1/2 CS de gergelim claro
4 partes de água para 1 de sólidos

Cozinhar em fogo baixo, mais ou menos 3 horas, em panela esmaltada; se for de ferro, melhor, mexer para não grudar os grãos no fundo.
Na superfície, a parte mais rala, fica o leite; no fundo, os grãos desmanchados formam a papa. Passando-a na peneira, vira o creme que pode ser misturado com legumes ou vegetais, um caldinho de feijão - ou o que sua imaginação sugerir.

Como vemos, ela denominava “leite” à parte mais rala (líquida) dessa fervura de grãos.

Essa bebida é baseada na receita do kokkoh macrô (alimento para crianças), que encontra-se no Guia Prático da Alimentação Macrobiótica Zen segundo o Prof. Ohsawa, de Ilse Clausnitzer (1969). Na época, tal receita não me chamou a atenção porque ainda não tinha filhos...

Vejam como a receita é similar:

Para bebês e crianças, pode-se preparar em casa uma mistura de 200 g de arroz integral, 200 g de trigo sarraceno, 300 g de aveia descascada ou em flocos, 180 g de Graham ou farinha de trigo integral, 100 g de sementes de gergelim e 50 g de farinha de soja. Cada cereal deve ser dextrinado separadamente: 1 a 2 horas de forno entre 80a 90ºC ou por menor tempo em frigideira, mexendo.
Cada cereal será reduzido separadamente à farinha bem fina e após, tudo é misturado.
O alimento infantil "kokkoh" já preparado encontra-se nas casas especializadas.
Para servir às crianças que se amamentam em mamadeiras, cozinham-se 100 gramas em 1 litro de água e leite misturados na proporção de 1:1.


Particularmente, escolhi a primeira receita, que me pareceu mais simples de fazer e mais nutritiva, além de não conter alguns ingredientes da segunda, que considero nocivos.

Então, mais tarde, nos anos 90, descobri os “leites” que poderia fazer com sementes, grãos e castanhas, sem cozinhá-los, simplesmente hidratando-os ou germinando-os e utilizando os resíduos de alguns em receitas de cremes, "queijos", pastas etc.

O método para fazer é muito simples: hidratar ou germinar as sementes, grãos, castanha e frutas secas.
Adiciona-se água limpa aos germinados e batemos no liquidificador (desprezamos a água do molho).
Cereais em flocos (lâminas) ficam de molho e podem ser batidos nessa água onde permaneceram, bem como as castanhas e frutas secas hidratadas.
Coamos num pano tipo fralda de bebê ou coador com a trama bem fininha. O líquido obtido pode ser tomado puro ou misturado com frutas, em vitaminas, musses ou outras receitas.

Durabilidade e armazenamento:
Costumo fazer uma quantidade suficiente para um dia (mais ou menos um litro), que fica na geladeira.
No máximo, permanece de um dia para o outro..
A questão é que, como não tem conservantes, o melhor é consumir logo.

Eles funcionam perfeitamente em receitas, tipo bolos, pães e onde se indica o uso do leite de vaca ou de soja (com exceção do de gergelim, que não fica saboroso quando aquecido ou cozido).

Acredito que para um bebê, nada mais perfeito do que o leite materno.
Mas, nos raros casos em que a mãe não consegue alimentar seu filho (se existem muitos casos na atualidade, envolvem desinformação e outros motivos e não a "inexistência do leite"), existe a opção do "leite de grãos" cozidos.
Com o desenvolvimento do organismo da criança, ela poderá experimentar os "leites crus", bem como o suco de clorofila - sempre em doses menores do que nós, adultos - tanto na dose dos ingredientes quanto na dose consumida; além disso, deve haver variedade, não oferecer sempre o mesmo "leite".

O aleitamento materno exclusivo é indicado até os 6 meses.
Após essa idade, aconselha-se iniciar a inclusão de outros líquidos, como o suco das frutas e os chás.
Com minha filha, inicialmente usei o leite de grãos fervidos e também usava o resíduo para fazer as papinhas. Mas antes de completar um ano, ela já estava tomando a PVL, usando como ingredientes a aveia, o girassol, o coco, o arroz, o inhame e as castanhas.
Repetindo que, para bebês e para crianças, a dose dos ingredientes é sempre menor do que a dose para adultos (já que pode haver um excesso de ingestão de fibras, comprometendo o delicado sistema digestório deles) e deve-se usar variedade, isto é, não oferecer sempre o mesmo "leite" - por exemplo, aveia pela manhã e castanhas à tarde.

Quem já está acostumado ao leite animal e quer retirá-lo da alimentação, pode inicialmente misturá-lo à PVL, por exemplo com a de aveia, na proporção meio a meio.
Dessa forma, vai introduzindo o novo sabor ao paladar.
Aos poucos, diminui-se a quantidade do leite animal até eliminá-lo completamente, sem que fiquemos muito estressados com a perda do hábito.
Pode-se adicionar cacau aos preparados vegetais, o que torna o gosto similar ao popular “nescau”, bem como frutas, granola, etc.

Em outros tópicos, seguem receitas individuais: uma das mais fáceis de fazer é a bebida com inhame (ver a imagem): bater no liquidificador inhame cru e água - é saboroso e desintoxicante!
Informação atualizada sobre o consumo de INHAME CRU, segundo Sonia Hirsch:

"O inhame às vezes pinica tanto nas mãos quanto na boca. Isso indica que aquele inhame específico é rico demais em cristais de ácido oxálico e, nesse caso, é bom cozinhá-lo para neutralizar o ácido. Como há muita variação nos cultivares de inhame, o conteúdo de ácido oxálico (que pode dar pedra nos rins e dificultar a absorção de cálcio e ferro) também varia. O inhame branco japonês parece ser o mais apurado de todos, com teor baixíssimo do ácido. ATUALIZADO EM ABRIL 2009".

Pães que carregam saúde

Parece que, gradativamente, as pessoas estão aceitando que o alimento integral é o mais saudável e gostoso e que o refino dos cereais nos fazem perder nutrientes.
Essa matéria do Globo Repórter, apresentada ontem, dia 29/05/09, enfocou a alimentação saudável dos franceses e escolhi o video sobre o maravilhoso pão feito por um casal de padeiros (ele, francês; ela, brasileira).


Vejam que maravilha de pães! Dão água na boca...


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vegetal Agridoce


Ingredientes

1/2 xícara de suco de laranja
1/2 xícara de suco de maçã
1/4 xícara de suco de limão
2 CS de açúcar mascavo
2 CS de araruta (ou "maizena")
250 g de tofu cortado em cubos pequenos (outra opção é usar gluten cortado em cubinhos)
óleo vegetal
3 CS de gengibre fresco ralado
1/4 cc de assafétida (senão encontrar esse condimento indiano, substitua por 1 dente de alho ou 1 cebola pequena, triturados no pilão)
1 pimentão verde grande cortado em tiras largas
2 cenouras médias cortadas em tiras largas
2 abobrinhas médias cortadas em fatias largas
120 g de vagens de ervilha sem as pontas (pode substituir por uma xícara de ervilhas frescas)
1 xícara de pedaços de abacaxi fresco
shoyu - sal marinho - pimenta dedo-de-moça
1 CS de óleo de gergelim

Como fazer

Numa tigela pequena, dissolva a araruta e o mascavo nos sucos e reserve.

Em uma panela, aqueça um pouco de óleo e refogue o tofu, temperado com shoyu, até dourar. Reserve.

Aqueça óleo numa caçarola grande e refogue o gengibre e a assafétida. Adicione o pimentão, depois as cenouras, as abobrinhas e as vagens, refogando levemente.
Adicione água (mais ou menos meia xícara), shoyu ou sal marinho, pimenta a gosto (não use as sementes) e os pedaços de abacaxi.

Tampe e deixe cozinhar, não muito tempo, os vegetais têm que ficar crocantes.

Adicione o tofu.

Por último, junte a mistura de sucos, suavemente, deixando engrossar por uns 3 minutos.

Retire do fogo e misture o óleo de gergelim. Sirva imediatamente.

sábado, 23 de maio de 2009

Meme

Não transito ainda com facilidade por essa troca de selos e memes entre blogueiros, mas como são gentilezas, não posso me furtar à participação, pois ser gentil hoje é um atributo tão raro...

Então, recebi da Carla, do blog Simples como Pão (http://carla.ro.blog.uol.com.br/) o seguinte meme...



...que reza o seguinte:

1) agarrar o livro mais próximo;
2) abrir na página 161;
3) procurar a quinta frase completa;
4) colocar a frase no blog;
5) repassar para outros cinco blogs.

Aí segue o resultado da minha tarefa:

O livro: O livro de Urano - A Libertação do Conhecido - Jeff Green

A frase: "Uma pequena porcentagem desses indivíduos manifestarão a coragem, para se livrarem e se libertarem de qualquer definição ou condição que não refletiam suas identidades essenciais."


Os cinco blogs convidados a participar:

Carla Beatriz - http://carlabeatrix.blogspot.com/

Ana - http://futurodopresente.com.br/blog/

Juliana - http://blog.cybershark.net/freakmothers/

Tiemi - http://tiemi-meucantinhoespecial.blogspot.com/

Angela - http://cozinharconsciente.blogspot.com/

Espero ter feito tudo certinho!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pé de feijão na janela da cozinha

Contei aqui que havia plantado sementes de feijão olho-de-cabra num vasinho rente à janela da minha cozinha.
Trago notícias dele, que segue serpenteando caminho acima.
Quando a janela está aberta, ele escapa para fora, procurando o sol.
E à noite, quando vou fechá-la, gentilmente tenho que fazê-lo retornar para dentro, para não ser esmagado.
Estou totalmente afeiçoada a essa plantinha frágil e juvenil...


Aqui, uma vista geral de seu desenvolvimento:



Alguns quadros que mostram apoios que o ajudam a, quem sabe um dia, alcançar o céu:







Minha receita de pizza de brócolis com tofu

Hoje bateu uma vontade enorme de comer pizza e nenhuma de sair à rua (a noite está fria e úmida, a chuva podendo cair a qualquer momento).
Solução para o problema: fazer uma em casa!

Ingredientes para a massa

2 xícaras de farinha de trigo integral fina
2 CS de óleo vegetal
1 CS bem cheia de fermento em pó
1 xícara de leite de aveia
1 pitada de sal

Como fazer

Peneirar a farinha, o fermento e o sal.
Misturar com o óleo e ir adicionando, aos poucos, o leite.
Quando a massa ficar encorpada, sovar um pouco e espalhar numa forma untada.
Colocar em forno pré-aquecido, temperatura média, por 30 minutos.



Enquanto isso fazemos a cobertura:

Ingredientes da cobertura

1 pé de brócolis orgânico
meio bloco de tofu
shoyu
1 dente de alho bem picadinho
óleo para refogar
azeitonas combinam maravilhosamente com brócolis, mas não as tinha na minha despensa... adicione meia xícara delas (em rodelas) na sua cobertura, quando for fazer!

Como fazer

Cozinhar o brócolis no vapor.



Refogar o tofu picado miúdo, no alho e em pouquíssimo óleo.
Adicionar shoyu como tempero e um pouco de água.



Retirar a massa do forno (que já estará praticamente assada) e colocar a cobertura.
Deixar no forno mais dez minutos, que é o tempo exato para fazer o creme para finalizar a pizza.

Colocar uma colher de sopa de tofu, 1/4 de xícara de leite de aveia, 1 pitada de sal com ervas e 1 pitada generosa de curry no liquidificador. Bater até ficar cremoso.
Por a mistura numa frigideira com um fio de azeite de oliva e mexer sem parar, até que o creme engrosse - não pare de mexer MESMO, porque encaroça fácil!



Retirar novamente a pizza do forno e por a cobertura final, deixando mais 5 minutos no forno um pouco mais quente, que é para dar uma leve tostada.





quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pizza vegetariana/vegana em restaurante indiano

Esse post abre uma série de indicações que pretendo reunir no rótulo Recomendo: qualquer item dentro da linha natureba que tenha me agradado, dentro das exigências que considero indispensáveis para que um serviço, produto, idéia ou ação seja por mim consumido.

As recomendação são baseadas em uma avaliação que envolve os seguintes aspectos (ou pelo menos, a maioria deles): ser saudável, comprometido com o bem-estar coletivo, ético, transparente e ecológico (talvez politicamente correto, mas esta expressão já está desgastada e perdendo seu verdadeiro sentido...)
Sou considerada "chata e seletiva" com aquilo que consumo - é através dessas qualidades (ou defeitos) que farei as recomendações.

E a primeira delas relaciona-se com um restaurante indiano que já servia refeições e agora inaugura sua pizzaria - o GOVINDA, localizado na Av. José Bonifácio, 605, bairro Bonfim em Porto Alegre/RS.
Naturalmente, os porto-alegrenses e moradores de cidades vizinhas serão os mais beneficiados com esse serviço, mas a dica também serve para viajantes vegetarianos/veganos que visitem a nossa cidade.

A pizzaria abre às quintas, sextas e sábados a partir das 19 horas - escolhi essa quinta-feira para conhecer o local e alguns minutos depois das 19 horas, chegamos, minha filha e eu, famintas e curiosas para conhecer a culinária da casa.
Já na entrada o ambiente me conquistou: bonita decoração, luzes na medida ideal (não tão escuro que você não consiga ler a conta nem tão claro que precise colocar os óculos escuros), música indiana ao fundo, num volume também ideal e como era cedo, haviam muitos lugares disponíveis.

Na parede, uma bela pintura:



A escada que leva ao primeiro andar:



Vista do arranjo das mesas:



Fomos atendidas pelo Marcus, simpático e solícito, que nos trouxe o cardápio com várias opções lactovegetarianas e veganas e inúmeros recheios salgados e doces.
Foi difícil a escolha mas decidimos pelas pizzas veganas, já que é tão difícil encontrá-las; optamos pela tamanho família (a fome era grande) que vem com 8 pedaços (grandes como a nossa fome): 3 de brócolis com tofupiry, 3 de rúcula com tomate seco, um de morango e chocolate e um de abacaxi.
Para beber, o cardápio oferece suco, lassi, refrigerante e cerveja - pedimos um suco de uva.

A pizza não demorou muito para ser servida e chegou assim à nossa mesa:



Linda, não? E deliciosa também!
A massa no ponto, integral e macia, com espessura média; os recheios maravilhosos, com os legumes um tanto crocantes, tudo bem temperado, na medida exata! Excelente e talentosa, a cozinheira - mil vivas para ela!

Para adicionar à pizza, maionese vegana, mostarda e pimenta divinas (não que o tempero já não estivesse perfeito, mas é aquela vontade que sentimos de adicionar nosso toque individual ao prato...):



Um ângulo generoso da pizza de brócolis com tofupiry, que quase me fez levitar com seu sabor:



E as doces, que reservamos para fechar a refeição; particularmente, não aprecio doce-de-leite (aqui, o de soja, que é a base das pizzas doces), mas esse é um gosto pessoal - a qualidade estava ótima, as frutas com bom aspecto e minha filha adorou:



Vamos retornar, certamente!
Telefone para maiores informações: (51) 3332-1704

Quero deixar bem claro que essas recomendações não envolvem troca de favores nem remuneração de espécie alguma - são unicamente expressas pela minha vontade de divulgar boas opções!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Gelatinas em pó têm muito açúcar e pouco colágeno

Algas, a opção saudávelTexto publicado na Folha de São Paulo, por Flávia Mantovani, edição de 03/03/09:

"Apesar de ser uma sobremesa muito consumida por crianças, a gelatina não deveria fazer parte da alimentação infantil. É o que afirma a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) após avaliar 11 pós para preparo do produto sabor morango: quatro na versão tradicional, quatro na versão diet e três na versão zero.

Por conterem adoçantes, as versões sem açúcar já não eram recomendadas para crianças saudáveis. Mas o levantamento mostrou que mesmo as versões tradicionais não são indicadas.

Um dos problemas é que duas das marcas (Royal e Dr. Oetker) possuem adoçante mesmo nas versões tradicionais. Segundo a Pro Teste, a informação não tem o destaque necessário no rótulo. Nos dois casos, as embalagens trazem personagens ou promoções voltados para o público infantil.

"A quantidade de adoçante que cada um deve ingerir por dia é calculada com base no peso da pessoa. No caso da criança, é bem mais fácil atingir a dose máxima. Por isso, a não ser que ela seja diabética ou tenha acompanhamento de um especialista, não deve ingerir adoçantes", diz a nutricionista Manuela Dias, pesquisadora de alimentos da Pro Teste.

Outro problema detectado foi excesso de açúcar. A média nas versões tradicionais foi de 7,9 g por porção, que equivale a um copo, ou 120 g, de gelatina pronta. O valor ultrapassa até a quantidade que adultos devem consumir: no máximo 7,5 g em um lanche. Para crianças de um a três anos, o valor é de 3,9 g. O produto da Bretzke foi o mais açucarado: 10,9 g por porção.

A Pro Teste destaca outra questão que considera preocupante: todas as gelatinas tinham o corante artificial amarelo crepúsculo, que vem sendo relacionado à propensão à hiperatividade infantil. No Reino Unido, a substância é proibida.

As crianças são as mais vulneráveis aos corantes em geral, diz a nutricionista Edira Gonçalves, professora da UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). Segundo ela, o consumo excessivo pode debilitar o sistema imune, favorecendo doenças como gripes.

A nutricionista lembra que a gelatina é apenas um dos produtos ricos em corante no mercado. Ela orientou uma pesquisa, publicada em 2008 na revista "Ciência e Tecnologia de Alimentos", que avaliou o consumo de gelatina, refresco em pó e refrigerante por 150 crianças. Concluiu que esses alimentos são muito comuns na dieta infantil e introduzidos bem cedo: em relação à gelatina, até um ano de idade em 95% dos casos.

Pouco nutritiva

Se a presença de colágeno é o motivo para dar gelatina às crianças, Manuela Dias diz que não vale a pena. A quantidade encontrada não ultrapassou 2 g -apesar de não haver consenso, a Pro Teste diz que alguns estudos sugerem que seriam necessários 10 g diários para haver benefícios.

"Quem consumir com essa finalidade está se enganando. Uma pessoa saudável consegue repor o colágeno apenas com uma dieta normal, rica em proteínas."

Para Dias, a gelatina é "um pó de aditivos, corantes e edulcorantes", e os pais devem preferir alimentos mais saudáveis, como iogurte e frutas. "Como a gelatina é docinha e colorida, as crianças gostam. Mas é um alimento totalmente artificial, não tem nada de morango, por exemplo, só o aditivo."

Ela diz que não há problema na ingestão de gelatina por adultos -pode ser uma boa opção para quem quer emagrecer, por exemplo. "As pessoas só não devem pensar que estão ingerindo algo nutritivo."

Além das questões nutricionais, foram constatados problemas em rótulos, como falta de informação sobre a presença de sódio e falta da data de fabricação --o dado não é obrigatório, mas a Pro Teste recomenda. A associação defende que se crie uma norma para regular gelatinas que defina parâmetros como quantidade de açúcar e de colágeno."

Sugerimos, para crianças e adultos, o consumo de gelatina agar-agar (uma variedade de alga) - pode-se fazê-la da maneira simples, cozinhando o pó em água, deixando amornar e adicionando suco e pedaços de frutas de sua preferência.
A agar-agar também pode ser usada em musses e sorvetes, procure as receitas aqui no blog.